Comecei ontem a ler outra obra de
Miguel Real,
Fátima e a Cultura Portuguesa – que ainda não acabei mas que já me introduziu ao conceito de
numinoso, conceito que desconhecia –, e hoje, no
Coimbra Shopping, um sítio luminoso mas não numinoso, tive uma um
momento heureca!
A Cultura Portuguesa é uma Cultura de Resistência!
e não o é há um lustro, dez lustros, cem lustros, é-o há dois milénios, pelo menos!!!
Realmente desde há pelo menos dois milénios que os habitantes do Oestreminis resistem teimosa e persistentemente às diversas intelligentsias estrangeiradas que, considerando-se iluminadas e considerando-os atrasados, ineptos, ou ambas as coisas, pretendem “adiantá-los”, ou “aptificá-los” e, de caminho, obrigá-los a deixarem de ser quem são.
Entretanto, e curiosamente, essa persistente e teimosa resistência tem sido, historicamente falando, mais passiva que activa.
O Zé Povinho ouve atenta e respeitosamente o que os iluminados senhores barões, doutores e coronéis lhe dizem, ou lhe gritam, e assim que os ditos viram costas, para regressarem às lisboas e às bruxelas deste mundo, faz-lhes um dos seus proverbiais manguitos e, manguito feito, faz o que muito bem entende. Em termos práticos o caldo só se entorna quando os iluminados senhores barões, doutores e coronéis resolvem recorrer ao pau de marmeleiro.
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