Diarquia à portuguesa
A Terceira República Portuguesa é uma diarquia porque é governada, ou desgovernada, por dois magistrados supremos.
O Primeiro Arconte, o Presidente da República, que tem legitimidade eleitoral indiscutível por ter sido eleito por sufrágio universal directo e secreto pelos cidadãos no pleno uso dos seus direitos políticos, manda nada… e fala.
O Segundo Arconte, o Primeiro Ministro, que tem legitimidade eleitoral discutível porque foi, primeiro, escolhido pelos seus correligionários partidários e, depois, plebiscitado numas eleições, pouco concorridas, que, no apuramento dos resultados, usaram o Método D'Hondt com listas fechadas e bloqueadas, manda tudo… e também fala.
Dá para admirar que Portugal ande aos trambolhões?
Diria que não.
Fim