Portugal, a Magna Carta e os Barões Ladrões
Este, castigador foi rigoroso
De latrocínios, mortes e adultérios:
Fazer nos maus cruezas, fero e iroso,
Eram os seus mais certos refrigérios.
As cidades guardando justiçoso
De todos os soberbos vitupérios,
Mais ladrões castigando à morte deu,
Que o vagabundo Aleides ou Teseu.
Do justo e duro Pedro nasce o brando,
(Vede da natureza o desconcerto!)
Remisso, e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto:
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente;
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.
Fontes
- “Os Lusíadas (Canto III - estância/estrofe 137)”, Luís de Camões, OsLusíadas.org. Sem data de publicação. Recuperado a 18 de Fevereiro de 2019, às 07:45.
- “Os Lusíadas (Canto III - estância/estrofe 138)”, Luís de Camões, OsLusíadas.org. Sem data de publicação. Recuperado a 18 de Fevereiro de 2019, às 07:47.
- “Luís de Camões: O fraco rei faz fraca a forte gente.”. Pensador. Sem data de publicação. Recuperado a 18 de Fevereiro de 2019, às 07:49.
Etiqueta principal: Política.
___________________________________________________________________________